25 PRIMEIROS SINTOMAS DE GRAVIDEZ (semana que surge) (2024)

Sintomas de gravidez

Discutiremos ao longo deste artigo cada um dos 25 sinais e sintomas listados abaixo: quando surgem, com que frequência surgem e como cada um deles se manifesta clinicamente. Se você quiser saltar diretamente para algum sintoma específico, clique no link do sintoma que te interessa.

Os primeiros sinais e sintomas de gravidez, em ordem cronológica, costumam ser:

Pequeno sangramento vagin*l.
Atraso menstrual.
Cólicas uterinas.
Dor mamária.
Aumento do volume dos seios.
Alterações na aparência dos mamilos.
Enjoos.
Salivação.
Prisão de ventre.
Barriga inchada.
Fadiga e sono.
Vontade frequente de urinar.
Desejos alimentares.
Alterações do paladar e do olfato.
Intolerância a odores fortes.
Aumento dos gases intestinais.
Tontura.
Alterações do humor.
Dor de cabeça.
Corrimento vagin*l.
Cravos e espinhas.
Rinite gestacional.
Câimbras nas pernas.
Hemorroidas.
Hipotensão postural.

Ao final do artigo disponibilizamos um teste e uma calculadora para você estimar a probabilidade de estar grávida e quanto tempo de gravidez você pode ter, caso realmente esteja grávida.

Quando surgem os primeiros sinais de gravidez?

Antes de seguirmos com as explicações sobre os 25 principais sintomas de gravidez, é preciso falar sobre o que a gestante pode sentir antes dos primeiros sintomas de gravidez aparecerem.

Com frequência, os primeiros sinais de gravidez podem passar despercebidos, geralmente por serem confundidos com sintomas de alguma doença ou do período pré-menstrual. Saber reconhecer os sintomas de gravidez pode ser fundamental para uma gestação saudável e para o planejamento adequado do pré-natal.

Existem sintomas de gravidez nos primeiros dias de fecundação?

Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, não existem sintomas de gravidez nos primeiros dias após a fecundação. Os primeiros sinais surgem somente quando o embrião se implanta no útero, evento que ocorre uma a duas semanas após a relação sexual.

Portanto, nos primeiros dias de gravidez, a gestante tem o que podemos chamar de “gravidez silenciosa”, momento curto da gestação em que não há sintoma algum.

Para entender por que os primeiros sintomas só surgem semanas depois da fecundação, leia Quando surge o primeiro sintoma de gravidez?

Quando aparecem os sintomas de gravidez?

Do momento em que o embrião se implanta no útero até mais ou menos a 13ª semana de gestação, o organismo da grávida passa por diversas alterações e há um substancial aumento na produção de hormônios. São essas alterações hormonais que provocam os primeiros sintomas.

Na maioria das mulheres, os primeiros sinais e sintomas de gravidez surgem a partir da 5ª ou 6ª semana de gestação, o que equivale a 2 a 3 semanas após a relação sexual que gerou a gravidez (o tempo de gravidez é contado a partir da data da última menstruação).

Qual é o primeiro sintoma de gravidez?

O primeiro sinal de gravidez costuma ser um discreto sangramento vagin*l que ocorre quando o embrião chega ao útero. No entanto, esse sangramento pode ser muito discreto e, na prática, o primeiro sintoma que a maioria das mulheres reconhece é o atraso menstrual.

Sintomas de gravidez e em que semana surgem

1. Sangramento vagin*l

Frequência: pouco comum.
Quando surge: entre a 3ª e 4ª semana de gestação.

O primeiro sinal de gravidez costuma ser um discreto sangramento vagin*l. Nem todas as mulheres apresentam esse sinal e algumas das que apresentam não o reconhecem como um sintoma de gravidez.

Quando o óvulo é fecundado, ele transforma-se em zigoto (primeira fase do embrião) e começa a viajar pela trompa uterina em direção ao útero. Após 6 a 12 dias de viagem, o embrião chega ao útero e implanta-se na sua parede, processo chamado de nidação. Esta implantação pode causar um pequeno sangramento uterino, que se manifesta como um discreto sangramento vagin*l.

Como é o sangramento de implantação do embrião?

Como o sangramento da implantação pode durar até três dias, causar uma leve cólica abdominal e ocorrer próximo à época em que a menstruação é esperada, algumas mulheres o interpretam como uma menstruação que veio fraca e não desconfiam que esse é o seu primeiro sinal de gravidez. Muitas vezes, o sangramento da nidação é chamado de “falsa menstruação”.

Na maioria dos casos, porém, o sangramento de nidação é bem discreto, podendo ser desde um vermelho-escuro até um corrimento levemente rosado e pouco espesso.

Portanto, se você está tentando engravidar e apresenta uma menstruação ou um corrimento diferente do usual, fique atenta, pois isso pode ser um sinal de gravidez inicial.

É normal ter sangramento no início da gravidez?

O único sangramento vagin*l considerado normal no início da gravidez é aquele que ocorre durante a implantação do embrião no útero. Esse sangramento, porém, costuma aparecer antes de a mulher saber que está grávida.

É importante destacar que a implantação do embrião no útero é apenas uma das várias causas de sangramento vagin*l na gravidez. Mais de 20% das grávidas apresentam algum sangramento no primeiro trimestre de gestação.

Qualquer sangramento que surja depois que a gestante já sabe que está grávida deve ser comunicado ao obstetra.

Para conhecer as causas de sangramento vagin*l no início da gravidez, acesse o link: Sangramento no início da gravidez.

2. Atraso menstrual

Frequência: ocorre em 100% dos casos.
Quando surge: por volta da 4ª semana.

Como o sangramento da implantação não é algo assim tão comum, na prática, o primeiro sintoma de gravidez para a maioria das mulheres acaba sendo o atraso da menstruação. Esse é o sinal que habitualmente leva as mulheres a fazerem o teste de gravidez.

Toda grávida tem atraso menstrual?

Sim, esse sinal é universal para todas as gestantes. Quem está grávida não menstrua e quem menstrua não pode estar grávida. Explicamos o porquê disso com detalhes no artigo: Menstruação na gravidez é possível?

É importante destacar, entretanto, que nem todo mundo têm facilidade em reconhecer uma menstruação atrasada. Algumas mulheres têm ciclos menstruais muito irregulares e apresentam períodos de anovulação (não ovulam durante um determinado mês), o que faz com que o intervalo habitual entre as suas menstruações seja frequentemente maior que um ou até dois meses.

Além disso, como explicado acima, episódios de sangramento vagin*l no início da gravidez podem mimetizar uma menstruação, fazendo com que a mulher demore a notar que não está mais menstruando.

A menstruação pode atrasar e não ser gravidez?

Sim, a menstruação pode atrasar por vários outros motivos que não uma gravidez, entre eles: estresse, infecções, troca de anticoncepcional, alterações do peso, cansaço, etc.

A própria expectativa de menstruação, quando a mulher não quer de jeito nenhum engravidar, mas se descuidou tendo relações sexuais desprotegidas, pode causar um atraso menstrual.

Se sua menstruação atrasou e você não tem certeza da causa, leia: 15 causas de atraso menstrual.

Com quantos dias de atraso menstrual posso fazer o teste de gravidez?

Os atuais testes de gravidez de farmácia ou de sangue já conseguem detectar uma gestação em curso após o primeiro dia de atraso menstrual.

Se a sua menstruação atrasou e você suspeita que possa estar grávida, leia: Quando fazer o teste de gravidez?

Minha menstruação não está atrasada, mas tenho sintomas de gravidez. O que pode ser?

Se sua menstruação não está atrasada, mas você está tendo sintomas que acredita serem de gravidez, há algumas possibilidades a considerar:
1. Sintomas da menstruação: muitos dos sintomas precoces de gravidez são semelhantes aos sintomas pré-menstruais, como inchaço, alterações de humor, fadiga e sensibilidade nos seios. Isso pode dificultar a distinção entre uma gravidez inicial e o período que antecede a menstruação.
2. Gravidez: você estar grávida e ter tido algum sangramento vagin*l que, na realidade, não era menstruação.
3. Alterações hormonais ou outras condições médicas: algumas condições médicas ou alterações hormonais podem causar sintomas semelhantes aos da gravidez. Exemplos incluem síndrome do ovário policístico (SOP), problemas de tireoide, ou até mesmo o estresse.
4. Expectativa ou ansiedade relacionada à gravidez: às vezes, se você está muito focada ou ansiosa sobre a possibilidade de estar grávida, pode começar a notar ou interpretar sintomas que são, na verdade, bastante comuns ou relacionados a outras causas. Pode haver também gravidez psicológica (pseudociese).

3. Cólicas uterinas ou dor abdominal

Frequência: comum.
Quando surge: entre a 4ª e 5ª semana.

Além de um sangramento leve, a gravidez inicial também pode causar algum desconforto na parte inferior do abdômen (dor no pé da barriga) ou uma sensação de inchaço abdominal, parecendo-se muito com os sintomas pré-menstruais.

Estes incômodos e cólicas, quando associados a um sangramento vagin*l, podem muito bem enganar as grávidas, fazendo-as pensar que menstruaram.

É normal ter cólicas na gravidez?

Sim, é perfeitamente normal e até esperado haver cólicas durante a gravidez. No primeiro trimestre, a dor costuma ter origem no início do crescimento do útero e nas alterações hormonais.

A dor abdominal é um sintoma que pode surgir no primeiro, segundo ou terceiro trimestre de gravidez. Nas primeiras semanas de gestação ela pode ser mais uma sensação de peso ou um desconforto do que propriamente uma cólica.

Falamos especificamente sobre as causas de dor abdominal na gravidez no seguinte artigo: Principais causas de dor abdominal na grávida.

Tenho cólica no início da gravidez como se fosse menstruar, há risco de aborto?

Cólicas no início da gravidez são comuns e, na maioria dos casos, não são motivo para preocupação. Durante as primeiras semanas de gravidez, é normal sentir cólicas leves ou desconforto semelhante às dores menstruais.

No entanto, é importante estar atenta à intensidade e à natureza dessas cólicas:
1. Cólicas leves e esporádicas: geralmente são normais e podem ser causadas pela expansão do útero e outros ajustes naturais do corpo durante a gravidez.
2. Cólicas fortes ou persistentes: se as cólicas são particularmente fortes, persistentes ou acompanhadas de outros sintomas, como sangramento, é importante procurar avaliação médica. Embora nem sempre indiquem um problema, esses sintomas podem, em alguns casos, ser um sinal de condições como gravidez ectópica ou risco de aborto espontâneo.

Em geral, cólicas na gravidez associadas a sangramento, corrimento anormal, febre, calafrios ou dor intensa são motivos para buscar orientação médica.

4. Dor nas mamas

Frequência: muito comum.
Quando surge: ao redor da 5ª semana.

Outro sinal típico de gravidez, o aumento da sensibilidade das mamas pode surgir precocemente, apenas duas ou três semanas após a fecundação. Muitas vezes, o simples ato de tocar nos seios ou vestir um sutiã pode ser bastante incômodo.

Nas mulheres que não apresentam sangramento de implantação e não identificaram um atraso na menstruação, a dor nas mamas pode ser o primeiro sintoma de gravidez a ser notado.

Dor no bico da mama é sinal de gravidez?

Dor no bico do seio pode ser um sintoma de gravidez, mas não é necessariamente um sintoma muito específico. Muitas mulheres experimentam sensibilidade ou dor nos seios durante diferentes fases do ciclo menstrual, devido às variações hormonais. Se o único sintoma for a dor no bico do peito, há outros diagnósticos mais prováveis.

Por outro lado, se a dor no bico do seio vier acompanhada por outros sintomas de gravidez, como atraso menstrual, náuseas, aumento da frequência urinária e sensibilidade aumentada aos odores, aí, sim, ele pode ser indicativo de uma possível gravidez.

Para conhecer as principais causas de dor nas mamas, leia: Causas de dor nos seios.

Como é a dor na mama no início da gravidez?

A dor ou sensibilidade nas mamas é um sintoma comum que surge devido às alterações hormonais que ocorrem na gestação. Cada mulher pode experimentar essa sensação de maneira diferente, mas, geralmente, as características incluem:
1. Sensibilidade aumentada: as mamas podem ficar mais sensíveis ao toque, o que pode variar de um leve desconforto a uma sensação bastante dolorosa.
2. Sensação de peso ou plenitude: a gestante pode sentir as mamas mais pesadas ou “mais cheias” do que o normal.
3. Dor ou latejamento: algumas grávidas descrevem a dor como um latejamento ou uma sensação de dor constante.
4. Sensibilidade dos mamilos: os mamilos podem ficar particularmente sensíveis ou doloridos.

Esses sintomas são causados pelo aumento dos níveis de hormônios, como estrogênio e progesterona, que preparam o corpo para a gravidez e, eventualmente, para a amamentação. Geralmente, essas sensações de desconforto nas mamas tendem a diminuir após o primeiro trimestre, conforme o corpo se ajusta às mudanças hormonais.

5. Aumento do tamanho dos seios

Frequência: muito comum.
Quando surge: ao redor da 5ª a 6ª semana.

Além da sensibilidade, as mamas das gestantes também costumam ficar maiores, causando uma sensação de inchaço.

Esse aumento dos seios ocorre por alterações hormonais que estimulam o desenvolvimento das glândulas mamárias, preparando-as para o período de amamentação que virá nos próximos meses.

Quando a mama começa a inchar na gravidez

O inchaço das mamas pode começar cedo na gravidez, frequentemente sendo um dos primeiros sintomas percebidos pelas mulheres. Este inchaço pode começar já nas primeiras semanas após a concepção, por volta de 4 a 6 semanas de gravidez. No entanto, a experiência varia de mulher para mulher, e algumas podem notar as mudanças mais tarde.

Em geral, o aumento no volume das mamas costuma surgir 1 semana depois da gestante notar que elas estão mais sensíveis.

6. Alterações na aparência dos seios

Frequência: muito comum.
Quando surge: por volta da 5ª a 6ª semana.

Além do aumento de volume e da dor mamária, os hormônios produzidos na gravidez também fazem as mamas das grávidas mudar de aparência. É comum haver escurecimento dos mamilos e aparecimento de veias ao redor dos seios. Estas alterações duram até o fim da amamentação.

Outra alteração nítida na aparência das mamas é o surgimento dos tubérculos de Montgomery, pequenos nódulos localizados nas aréolas. Esses nódulos são glândulas que produzem secreções que mantêm a aréola e o mamilo lubrificados. Conforme a mama cresce ao longo da gestação, os tubérculos ficam cada vez mais visíveis.

Os tubérculos de Montgomery são bastante comuns na gravidez, mas podem estar presentes mesmo em mulheres não grávidas, especialmente na puberdade e em épocas próximas da menstruação.

7. Náusea e vômitos

Frequência: muito comum.
Quando surge: ao redor da 5ª a 6ª semana.

As náuseas e os vômitos são sintomas clássicos da gravidez. Até 70% das gestantes sentem enjoos no primeiro trimestre.

Em alguns casos, os enjoos são tão intensos, que a mulher não consegue nem sequer alimentar-se. Enjoos graves, que requerem apoio médico, fazem parte de um quadro chamado hiperêmese gravídica.

Quando aparecem os enjoos da gravidez?

As náuseas costumam surgir a partir da 6ª semana de gestação. Entretanto, há mulheres que apresentam esses sintomas já na 4ª ou 5ª semana.

Quanto tempo demora para passar o enjoo da gravidez?

Náusea e vômitos são sintomas típicos do primeiro trimestre de gravidez e tendem a desaparecer no segundo trimestre. Geralmente, os enjoos melhoram a partir da 12ª semana e 90% das grávidas já não apresentam mais qualquer grau de náuseas na 18ª semana.

Por que as grávidas ficam enjoadas?

As causas da náusea durante a gravidez não são completamente compreendidas. No entanto, esse sintoma parece estar ligado à produção do hormônio hCG, comumente referido como o hormônio da gravidez, que começa a ser produzido em abundantemente quando o embrião se implanta no útero.

Queimação no estômago é sinal de gravidez?

A queimação no estômago ou azia não é um sintoma específico de gravidez, mas algumas mulheres grávidas podem ter essa queixa devido às alterações hormonais que ocorrem durante a gestação. A progesterona, um hormônio que aumenta durante a gravidez, pode relaxar os músculos que controlam o fluxo de alimentos do estômago para o esôfa*go, o que pode levar à azia.

Para saber mais sobre enjoos na gravidez, acesse o link: Enjoos e vômitos na gravidez – tratamento e causas.

8. Salivação excessiva (sialorreia)

Frequência: comum.
Quando surge: ao redor da 5ª a 6ª semana.

Com as náuseas, a gestante também pode notar um aumento na produção saliva, chamada de ptialismo ou sialorreia.

A aumento da salivação pode ocorrer por influência hormonal ou por diminuição da deglutição da saliva devido aos enjoos.

Em muitas grávidas, esse sintoma se mantém mesmo depois do fim dos enjoos, podendo persistir até o final da gravidez.

9. Constipação intestinal

Frequência: comum.
Quando surge: geralmente na 5ª a 6ª semana.

O aumento da produção do hormônio progesterona na gravidez faz com que alguns órgãos e tecidos do corpo fiquem mais “frouxos” ou “relaxados”. Isso ocorre de forma a facilitar a grande expansão de volume do útero que está por vir.

Entre esses órgãos estão os intestinos, que, por sofrerem redução de sua capacidade de contrair, têm mais dificuldade de manter o trânsito intestinal normal, resultando em prisão de ventre.

Para saber mais sobre a prisão de ventre, leia: Constipação intestinal.

10. Barriga inchada

Frequência: comum.
Quando surge: por volta da 5ª a 6ª semana.

Você jurava até a semana passada que cabia naquela calça jeans super justa, e agora, de repente, a calça já não fecha mais em volta da barriga.

Isso pode ocorrer porque, mesmo quando o feto ainda é muito pequeno para expandir o útero, algumas mulheres apresentam um certo inchaço na região abdominal que ocorre como preparação do corpo para suportar o crescimento uterino.

Esse inchaço é outro sintoma que pode ser confundido com os sintomas pré-menstruais.

Para conhecer as principais causas de inchaço na barriga, acesse o link: Causas de barriga inchada.

11. Cansaço e sono excessivo

Frequência: muito comum.
Quando surge: 5ª a 6ª semana.

Uma sensação de cansaço desproporcional às suas atividades diárias é um sintoma de gravidez muito comum. Se você já tem uma rotina cansativa durante o dia, ela pode tornar-se exaustiva no início da gestação.

Aumento do sono também é muito comum. O seu corpo dá sinais de que precisa descansar com mais frequência. Você pode começar a querer ir para a cama mais cedo e ter mais dificuldade do que o habitual para acordar pela manhã. Durante o dia, uma boa soneca parece ser tudo o que você mais deseja.

Por que as grávidas sentem tanto sono e cansaço?

O cansaço e o sono na gravidez ocorrem por alterações hormonais, principalmente da progesterona, que age diretamente no sistema nervoso central e nos sistemas respiratórios e cardiovascular.

O cansaço é um sintoma do início da gravidez que habitualmente desaparece no segundo trimestre. No entanto, ele retorna no final da gravidez, quando o bebê já se encontra grande e pesado.

Para saber mais sobre o cansaço e o excesso de sono na gravidez, leia: Cansaço e sono na gravidez.

12. Micção frequente

Frequência: muito comum.
Quando surge: a partir da 5ª ou 6ª semana.

Após cerca de seis semanas de gravidez, a grávida começa a sentir vontade de urinar com maior frequência. Estas viagens ao banheiro podem ocorrer, inclusive, durante a madrugada, atrapalhando o sono da gestante.

Por que a grávida urina com frequência?

Nas primeiras semanas, o aumento da urina ocorre por redução da capacidade da bexiga se esvaziar completamente, devido ao relaxamento provocado pelos hormônios da gravidez. No final da gravidez, o feto muito grande comprime a bexiga, reduzindo sua capacidade de armazenamento e fazendo com que pequenos volumes já desencadeiem vontade de urinar.

O aumento da frequência urinária é um sintoma de gravidez que surge precocemente, ocorre em praticamente 100% das grávidas e que, infelizmente, dura até o final da gestação.

É importante notar que se o aumento na frequência urinária vier acompanhada de urina mais escura e/ou ardência para urinar, uma infecção urinária pode ser a causa.

Para ler sobre a infecção urinária na gravidez, acesse:Infecção urinária na gravidez.

13. Desejos alimentares

Frequência: comum.
Quando surge: a partir da 6ª semana.

O desejo por certas comidas nas primeiras semanas de gestação é um dos sintomas mais clichês da gravidez. Esses desejos estranhos podem até fazer mulheres vegetarianas sentirem vontade de comer hambúrguer.

Do mesmo modo que adquirem esses desejos, as grávidas também podem apresentar aversões a certas comidas e/ou cheiros. Aquele restaurante japonês que você adora pode, durante a gestação, causar-lhe náuseas só de passar pela porta.

Por que as grávidas sentem desejos?

Não sabemos exatamente o porquê dos desejos alimentares da gravidez. Provavelmente eles surgem devidos às alterações emocionais e aos aumentos dos hormônios, principalmente da progesterona e do hCG.

Por que algumas grávidas têm vontade de comer coisas estranhas, como tijolo, gelo ou terra?

O desejo de comer substâncias que não são considerados alimentos é chamado de picamalácia ou pica. Quando esses desejos estranhos surgem na gravidez, isso pode ser um sinal de deficiência de micronutrientes, como ferro, zinco ou selênio.

14. Alterações do paladar e do olfato

Frequência: comum.
Quando surge: ao redor da 6ª semana.

Além de ter desejos e aversões alimentares, a mudança de paladar é outro sintoma muito comum de gravidez.

Doces podem ser tornar demasiadamente doces, o café que você adora passa a ter um sabor esquisito e durante o dia você pode sentir um gosto de metal na boca sem motivo aparente.

15. Aversão a odores fortes

Frequência: comum.
Quando surge: por volta da 6ª semana.

Assim como alguns alimentos causam enjoos nas primeiras semanas de gravidez, odores intensos, mesmo que agradáveis, como os de perfumes ou comidas, podem fazer você se sentir enjoada. Odores ruins ou muito fortes, como fumaça de cigarro, gasolina, álcool, produtos de limpeza, etc., causam o mesmo efeito.

Um sintoma comum de gravidez é uma maior sensibilidade do olfato. A gestante refere a sensação de ter desenvolvido um super olfato. Odores que passavam despercebidos ou não incomodavam, agora se tornam insuportáveis.

16. Eliminação frequente de gases

Frequência: comum.
Quando surge: ao redor da 6ª semana.

Algumas mulheres experimentam um aumento dos gases intestinais nas primeiras semanas de gravidez. Esse pode ser um sintoma embaraçoso nos casos em que a gestante precisa ficar horas presa em um escritório ou sala com outras pessoas.

Quais são os sintomas de gases na gravidez?

O excesso de gases na gestação se manifesta habitualmente como um aumento da necessidade de arrotar e de soltar flatos (pum), sensação de abdômen distendido, sensação de gases movendo-se nos intestinos e cólicas abdominais.

Para saber mais sobre gases intestinais, leia: Gases intestinais.

17. Tontura

Frequência: comum.
Quando surge: a partir da 6ª semana.

Tonturas é um dos daqueles clássicos sintomas de gravidez que aparecem em todos os filmes quando a personagem fica grávida.

Os hormônios da gravidez causam diversas alterações no organismo da mulher que realmente podem provocar tonturas, entre as quais estão a queda da pressão arterial, redução dos níveis de açúcar no sangue, anemia, aumento da frequência respiratória (que pode levar à hiperventilação durante um esforço físico), alimentação insuficiente devido aos enjoos, etc.

Para conhecer as principais causas de tontura, acesse o artigo: Vertigem e tontura.

18. Variações do humor

Frequência: comum.
Quando surge: ao redor da 6ª semana.

Outro sintoma de gravidez que todo mundo já viu em filmes. A grávida pode chorar até quando vê comercial de televisão. Coisas pequenas podem ganhar uma relevância desproporcional.

Variações súbitas de humor também são comuns. A grávida pode ir da alergia à tristeza ou da simpatia a explosões de mau-humor com pessoas próximas de uma hora para outra. Há casos de grávidas que até demissão do emprego pedem, em rompantes de irritação.

19. Dor de cabeça

Frequência: pouco comum.
Quando surge: ao redor da 8ª semana.

Alterações hormonais, relaxamento dos vasos sanguíneos e alterações do fluxo sanguíneo cerebral explicam por que algumas grávidas têm dor de cabeça durante a gestação. O estresse e o cansaço também contribuem. A dor de cabeça é um sintoma que costuma surgir já nas primeiras semanas de gravidez.

Enxaqueca pode ser sintoma de gravidez?

Enxaqueca é um tipo específico de dor de cabeça, geralmente unilateral, pulsátil e bastante intensa.

A enxaqueca por si só não é um sintoma típico de gravidez. No entanto, alterações hormonais durante a gravidez podem influenciar a frequência e a intensidade das enxaquecas em mulheres que já sofrem com essa condição. Algumas mulheres relatam melhora das enxaquecas durante a gravidez, enquanto outras experimentam um aumento na frequência ou intensidade dos episódios.

Para ler sobre enxaqueca:Enxaqueca – Sintomas, Causas e Tratamento.

20. Corrimento vagin*l

Frequência: comum.
Quando surge: por volta da 8ª semana.

O surgimento de corrimento vagin*l ou intensificação do seu corrimento habitual são sintomas normais na gravidez. Habitualmente, o corrimento torna-se mais intenso no segundo trimestre de gravidez, mas algumas gestantes notam o corrimento desde o começo.

Como é o corrimento normal da gravidez?

O corrimento vagin*l natural é estimulado pelo estrogênio e pode ter seu volume aumentado em períodos nos quais há maior estimulação hormonal, como nos casos de gravidez.

Em geral, esse corrimento é igual ao corrimento fisiológico que algumas mulheres têm, sendo espesso, leitoso ou transparente e sem odor.

Para mais informações sobre o corrimento na gravidez, leia: Corrimento vagin*l na grávida.

Corrimento branco pastoso pode ser gravidez?

O corrimento branco e pastoso por si só não é um indicador específico de gravidez. Esse tipo de corrimento, conhecido como leucorreia, é comum e pode ocorrer tanto em mulheres grávidas quanto em mulheres que não estão grávidas. Se junto ao corrimento houver outros sintomas, como dor, ardência ou coceira vagin*l, é importante descartar uma infecção vagin*l.

Para informações gerais sobre corrimento vagin*l: Tipos de Corrimento vagin*l: Branco, Amarelo, Marrom, etc.

Tem como saber se estou grávida pelo corrimento?

Não, não há como saber se você está grávida somente pelas características do corrimento vagin*l. Não há nada no corrimento da gravidez que seja específico ou diferente do corrimento normal a ponto de poder estabelecer esse diagnóstico.

21. Acne

Frequência: pouco comum.
Quando surge: a partir da 10ª semana.

Alterações hormonais podem fazer com que algumas grávidas desenvolvam acne ou apresentem agravamento da acne que já possuíam antes.

No sexo feminino, acne está muito relacionada a desbalanços dos hormônios sexuais que provocam aumento da oleosidade da pele. A acne na gravidez pode ser leve ou grave e surgir em qualquer momento da gestação.

Para saber mais sobre cravos e espinhas acesse o link: Acne – Cravos e espinhas.

22. Nariz entupido (rinite gestacional)

Frequência: bastante comum.
Quando surge: em qualquer momento da gravidez, porém é mais comum a partir da 13ª semana.

A rinite na gravidez é uma congestão nasal que começa durante a gestação, dura pelo menos seis semanas, não é causada por infecção ou alergia e desaparece em até 2 semanas após o parto.

Embora possa parecer semelhante ao entupimento nasal que você sente quando está resfriada, a rinite da gravidez ocorre simplesmente porque você está grávida. Não sabemos exatamente por que ela surge. No passado, a rinite da gravidez era atribuída às mudanças nos níveis de estrogênio e/ou progesterona, mas até o momento há poucas evidências para apoiar essa hipótese.

Entre 20 e 30% das grávidas desenvolvem congestão nasal sintomática durante a gravidez. As pacientes geralmente queixam-se de congestão persistente, acompanhada de secreções nasais aquosas ou viscosas. Espirros, lacrimejamento e coceira nos olhos também podem estar presentes. A congestão nasal pode levar à respiração bucal durante a noite, reduzindo a qualidade e a eficácia do sono, o que pode agravar o cansaço e a sonolência da gravidez.

23. Câimbras nas pernas

Frequência: bastante comum.
Quando surge: a partir da 13ª semana.

Cãibras nas pernas são bastante comuns na gravidez, principalmente a partir da metade da gestação.

As cãibras são contrações musculares dolorosas, geralmente sentidas nas panturrilhas ou pés durante a noite.

Não sabemos exatamente as causas, mas vários fatores devem estar envolvidos, como alterações na circulação materna, esforço nas pernas pelo aumento de peso, desidratação e alterações eletrolíticas.

Para mais informações sobre as câimbras: Câimbras: causas, prevenção e tratamento.

24. Hemorroidas

Frequência: bastante comum.
Quando surge: a partir da 13ª semana, porém é mais comum somente a partir da 28ª semana.

Hemorroidas são veias dilatadas e inflamadas no ânus e reto, que podem causar dor, coceira e sangramento anal.

Durante a gravidez, as hemorroidas costumam surgir pela elevação da pressão sobre as veias retais, causadas pelo aumento do volume de sangue circulando nas veias maternas, aumento do peso do útero, que comprime as veias hemorroidárias e pelo esforço em defecar provocado pela constipação intestinal.

Até 50% das grávidas desenvolvem hemorroidas durante a gravidez, que podem se manifestar clinicamente por coceira anal, dor ao evacuar ou sangramento retal.

Para saber mais sobre as hemorroidas, acesse o link: Hemorroidas: sintomas, causas e tratamento.

25. Hipotensão postural

Frequência: comum.
Quando surge: a partir da 20ª semana.

A gravidez pode causar hipotensão postural, que é uma queda súbita da pressão arterial que surge logo após se levantar de uma posição sentada ou deitada (hipotensão ortostática), ou após a gestante ficar muito tempo deitada de barriga para cima (síndrome da hipotensão supina).

A hipotensão postural surge porque o útero de tamanho aumentado comprime a veia cava, reduzindo o fluxo de sangue que retorna dos membros inferiores ao coração.

Com a hipotensão ortostática, levantar-se muito rapidamente pode causar tonturas, vista escurecida, fraqueza, coração acelerado e até desmaio.

No caso da síndrome da hipotensão supina, após 3 a 10 minutos deitada de barriga para cima, a gestante pode começar a sentir palidez, tontura, pressão arterial baixa, suor, náuseas e aumento do ritmo cardíaco; são sintomas transitórios que melhoram com mudança de posição da barriga, como virar de lado para esquerda, posição que reduz o peso do útero sobre a veia cava.

Outras dúvidas comuns sobre os sintomas de gravidez

É possível saber se estou grávida através dos sintomas iniciais?

É muito difícil ter certeza só pelos sintomas no início da gravidez.

O diagnóstico de gravidez através dos sintomas era feito antigamente, quando não existiam os testes de gravidez nem a ultrassonografia obstétrica.

Como os sintomas iniciais são muito inespecíficos e só se tornam óbvios após meses de gestação, não é fácil nem faz mais sentido diagnosticar uma gravidez desta forma. Isso não significa, porém, que reconhecer os primeiros sintomas não seja importante.

Quanto mais cedo a paciente souber que está grávida, mais cedo ela poderá iniciar seu pré-natal. Dessa forma, ela poderá tomar logo medidas benéficas ao feto, tais como controlar a glicose no sangue, aprimorar a dieta, usar suplementos — como ácido fólico e ferro —, vigiar a pressão arterial, tratar prontamente infecções e evitar oconsumo de álcool ou medicamentos potencialmente nocivos ao bebê no primeiro trimestre de gestação.

Suspeito que estou grávida, o que devo fazer?

Se você suspeita que possa estar grávida, o primeiro passo é fazer o teste de gravidez de farmácia. Porém, para diminuir o risco de um resultado falso-negativo, o ideal é só fazer o teste quando houver pelo menos 1 dia de atraso menstrual. Quanto mais dias de atraso menstrual você tiver, mais confiável é o resultado do teste de gravidez.

Se o teste de gravidez de farmácia for positivo, o mais indicado é confirmar o resultado com um exame de sangue, fazendo a dosagem do Beta-hCG.

Explicamos os testes de gravidez em detalhes nos artigos:
Teste de gravidez: saiba como e quando fazer.
Exame Beta hCG (teste de gravidez quantitativo).
Fotos de teste de gravidez positivo.
Como posso saber se estou grávida?
Testes de gravidez caseiros – mito ou verdade?

Diarreia é sintoma de gravidez?

A diarreia não é tipicamente um sintoma comum de gravidez, especialmente nos estágios iniciais.

No entanto, algumas mulheres podem desenvolver alterações no sistema digestivo durante a gravidez, incluindo diarreia, devido às mudanças hormonais e ao estresse físico e emocional que acompanham a gravidez. Estas mudanças podem afetar o funcionamento do trato gastrointestinal.

É importante notar que a diarreia pode ser causada por muitos outros fatores, que não têm relação com a gravidez, como infecções alimentares, intolerâncias alimentares, estresse ou condições gastrointestinais. Se a diarreia for severa, persistente ou acompanhada de outros sintomas preocupantes, é essencial procurar aconselhamento médico.

Para mais informações: Diarreia: sintomas, causas, tipos e tratamento.

Quando a grávida começa a sentir o bebê mexer?

A sensação de um bebê se mexendo na gravidez geralmente começa a ser percebida entre 18 e 25 semanas para as mães de primeira viagem. No entanto, em mulheres que já tiveram uma gravidez anterior, essa percepção pode ocorrer um pouco mais cedo, por volta das 16 semanas, já que elas são mais aptas a reconhecer a sensação.

Explicamos os movimentos do bebê com mais detalhes no artigo: Movimentos fetais: quando sentirei o bebê chutando?

Teste: Qual é a chance de você estar grávida?

Responda às perguntas abaixo e some os pontos para saber quais são as chances de você estar grávida.

1. Você teve relações sexuais desprotegidas (sem uso de camisinha ou outro método contraceptivo) nas últimas 4 semanas?

Sim (7 pontos).
Não (-5 pontos).

2. Sua menstruação está atrasada?

Não, falta ainda 1 semana ou mais (- 1 ponto).
Não, mas ela deve vir nos próximos 3 dias (0 pontos).
Sim, menos de 3 dias (1 ponto).
Sim, 3 a 6 dias (2 pontos).
Sim, mais de 7 dias (5 pontos).

3. Quantos dos seguintes sintomas você tem: enjoos, dor mamária, aumento dos seios, cansaço, sono frequente, micção frequente, barriga inchada, desejos alimentares, alterações de humor ou dor abdominal.

Nenhum (0 pontos).
1 a 3 sintomas (2 pontos).
4 ou mais sintomas (4 pontos).

Resultados:

10 ou mais pontos: chance muito alta de estar grávida. Faça o teste de gravidez.
Entre 6 e 9 pontos: chance alta de estar grávida. Faça o teste de gravidez.
Entre 3 e 5 pontos: há chance de você estar grávida, mas não é o mais provável.
Menos de 3 pontos: pouco provável que esteja grávida.

Calculadora do tempo de gravidez

Caso você acredite que está grávida, utilize nossa calculadora do tempo de gravidez para estimar a sua idade gestacional (atenção: é sempre preciso fazer o teste para confirmar gravidez).

Vídeo sobre os sintomas de gravidez

O vídeo abaixo resume as informações contidas neste artigo.

25 PRIMEIROS SINTOMAS DE GRAVIDEZ (semana que surge) (2)

Referências

Clinical manifestations and diagnosis of early pregnancy – UpToDate.
A prospective study of the onset of symptoms of pregnancy –Journal of Clinical Epidemiology.
Development and validation of a pregnancy symptoms inventory –BMC Pregnancy and Childbirth.
Early Pregnancy Symptoms – WebMD.
Myth or fact: can women self-diagnose pregnancy? –The Journal of the Medical Society of New Jersey.
Is this patient pregnant? Can you reliably rule in or rule out early pregnancy by clinical examination? – JAMA.
Pregnancy Symptoms – Early Signs of Pregnancy –American Pregnancy Association.
Ptyalism gravidarum – North American journal of medical sciences.

Autor(es)

Dr. Pedro Pinheiro

Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.

Dra. Fernanda Campos

A Dra. Fernanda Campos é formada em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e se especializou em Ginecologia e Obstetrícia no Instituto Fernandes Figueira. Especialista em gestação de alto risco.

Possui mestrado e doutorado pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Atualmente trabalha como chefe da maternidade do Hospital Universitário Gaffreé e Guinle, professora da UNIRIO e médica obstetra do Grupo Perinatal.